sexta-feira, abril 08, 2005

A fechar

O "Ó faxavor! É uma tarte flambée e uma kronenbourg" vai fechar para obras. Por tempo indeterminado. Sugestões, críticas, exigências, devaneios são todos bem-vindos por mail. O futuro do blog? Não sei, depois logo se vê.

Amanhã por esta hora já tou a aterrar em Lisboa.

Over and out

quinta-feira, abril 07, 2005

Tentaram roubar-me a bicicleta!

Fui buscar a bicicleta para a trazer para a varanda e reparei que um dos cadeados estava encravado entre o pedal e o quadro, numa posição que não me deixava tirá-lo. Tento desencravá-lo quando reparo que o outro cadeado (que prendia a roda da frente ao quadro e a um ferro para prender bicicletas tinha, pura e simplesmente, desaparecido! Isto deve ter sido qualquer coisa como: vê-se que a bicicleta está presa com um cadeado não muito forte; pega-se num alicate e corta-se o cadeado. Depois tira-se a bicicleta. Quando repararam que estava lá outro cadeado, este bastante mais resistente e difícil de abrir, deixa-se a bicicleta no sítio e pronto. Enfim, o que vale é que o cadeado que me tiraram era o mais barato dos dois, mas com isto tudo já levo uns 70 euros em coisas roubadas da bicicleta (relembro que menos de uma semana depois de ter comprado a bicicleta roubaram-me o selim, o que, convenhamos, não dá muito jeito). Alguém quer comprar uma bicicleta, em bom estado?

Quase tudo empacotado

Já tenho quase tudo em caixotes. Falta só fazer a mala e pouco mais.
É incrível a quantidade de pó que se encontra quando se tira tudo de uma estante ou de uma secretária! Tá na hora de ir despejar lixo e trazer a bicicleta para a varanda.

Blog du jour: Sapatinho. Um blog com algumas ideias muito originais para presentes. Especialmente boas se forem prendas para pessoas de quem vocês gostem muito, muito, muito, pouco.

Palavras horrorosas

Há duas palavras da língua portuguesa que eu detesto! São dois advérbios, pois claro. Onde mais se poderiam encontrar palavras tão feias?

A palavra que eu mais odeio da língua portuguesa: Veementemente. Vocês não acham feio ter dois "mente" de seguida? Prementemente é outra! Horrível, verdadeiramente horrível.

A segunda palavra que eu mais odeio da língua portuguesa: Comummente. 2 M de seguida! ARGH!!!! E ainda por cima, custa a pronunciar. E pensava eu que a regra diz que só temos consoantes repetidas no caso do R e do S.

Os advérbios dão origem a coisas mesmo patológicas na nossa língua (não o orgão, mas o idioma; patologias do órgão deverão ser tratadas por um médico, ou veterinário, consoante a espécie do indivíduo em questão).

Pergunta du jour: Se a língua portuguesa está cheia de excepções, porque carga de água o estado português resolveu aportuguesar nomes próprios? Querem um exemplo: até 1999 o meu nome escrevia-se Nelson. É assim que está na minha carta de condução, no meu cartão de contribuinte, no meu cartão de beneficiário da segurança social, certidão de nascimento, cartão de eleitor, etc. Acontece que em 1999 o estado resolveu adaptar os nomes. Então, bora lá aplicar as boas regras linguísticas portuguesas a nomes próprios estrangeiros registados em Portugal. Nelson é uma palavra grave. Acontece que palavras terminadas em consoantes (excepto S e M, penso eu) são agudas a menos que sejam acentuadas. Então, alguém teve a brilhante ideia que Nelson deve escrever-se Nélson. É assim que está o meu nome no bilhete de identidade e no passaporte! O passaporte antigo e os bilhetes de identidade até 99 não tinham acento, depois passaram a ter.
Resposta do Ciberdúvidas a esta questão

Aqui chove.

Agora deu para chover! A semana passada esteve um tempo tão bom...

Deve ser a Alsácia triste a despedir-se de mim ;)
Logo vou jantar ao restaurante português que existe aqui ao pé! Uma espécie de jantar de despedida, ou melhor, "un dîner d'au revoir". E já tenho quase tudo encaixotado. Falta só fazer a mala, o que obviamente só será feito amanhã! O que vale é que vai ser fácil fazer a mala: é pegar em tudo o que está no roupeiro e arrumar de maneira a caber (vamos a ver se não excedo o limite de peso).

quarta-feira, abril 06, 2005

Mais uma pesquisa interessante no Google

Quem acompanha este blog desde o 1º dia (23 de Outubro de 2004, que devia ser feriado, na minha opinião...), é capaz de se lembrar do primeiro post em que eu coloquei a dúvida sobre como se dão as boas-vindas a alguém. Se se diz "bem vindos" ou "benvindos".

Experimentem pesquisar "benvindos ou bem vindos" no Google a ver o que vos sai na rifa! ;)

"Bem vindos ou benvindos" no Google.

Quem diria que segundo o Google este meu "petit espace de liberté de expression" seria uma referência da língua portuguesa... e se o Google o diz, é porque está correcto! :)

Velhas Novas Sondagens

Parece que o que a malta gosta mesmo é de sondagens.

Por isso, resolvi ressuscitar duas das primeiras sondagens do blog, bastante apropriadas para o momento delicado que se vive. ;)

Que belo poema

Eis um belo poema (em francês, pois claro), que o David me mandou por mail:

Que j'aime à faire apprendre ce nombre utile aux sages!
Immortel Archimède, artiste ingénieur,
Qui de ton jugement peut priser la valeur ?
Pour moi, ton problème eut de pareils avantages.
Jadis, mystérieux, un problème bloquait
Tout l'admirable procédé, l'œuvre grandiose
Que Pythagore découvrit aux anciens Grecs.
Ô quadrature ! Vieux tourment du philosophe
Insoluble rondeur, trop longtemps vous avez
Défié Pythagore et ses imitateurs.
Comment intégrer l'espace plan circulaire ?
Former un triangle auquel il équivaudra ?
Nouvelle invention : Archimède inscrira
Dedans un hexagone ; appréciera son aire
Fonction du rayon. Pas trop ne s'y tiendra :
Dédoublera chaque élément antérieur ;
Toujours de l'orbe calculée approchera ;
Définira limite ; enfin, l'arc, le limiteur
De cet inquiétant cercle, ennemi trop rebelle
Professeur, enseignez son problème avec zèle


De que trata? A solução está à vista. :)

Os exames

Já sei as notas!
Tive 10 na cadeira da minha orientadora (era o que eu estava à espera; não fui para lá com grande vontade de fazer o exame, convenhamos... ao fim de 2h tava a sair) e tive 16,5 no outro (foi a melhor nota da turma, he he he). O que me deixa satisfeito! Acabo a parte curricular com uma média de 14 (o que é bastante bom dado o panorama da turma) e com todas as notas acima de 10.

Alguém quer ajudar a pôr coisas em caixotes?

terça-feira, abril 05, 2005

Milhões de pessoas em Roma

Eu nunca hei-de compreender os fenómenos religiosos que roçam a histeria.

Temos a peregrinação dos muçulmanos a Meca, onde acorrem perto de 1 milhão de pessoas e que todos os anos provocam dezenas ou centenas de mortos, temos o banho sagrado dos hindus no Ganges onde também são habituais as tragédias e as peregrinações ao santuário de Fátima dos católicos. Quando o Papa o visitou esteve lá perto de 1 milhão de pessoas. E agora está p'raí um milhão de peregrinos em Roma e esperam-se uns 4 milhões para o funeral do Papa.

Nunca hei-de compreender o fenómeno que faz com que o fervor religioso, seja qual for a religião, mova as pessoas em massa a acorrer a este tipo de eventos, arriscando a sua integridade física e a dos outros. Na próxima sexta feira, provavelmente, Roma vai atingir o ponto de ruptura das infra-estruturas. Poderão faltar os cuidados médicos se houver algum episódio mais violento, poderá estar calor ao ponto de provocar inúmeros desmaios, insolações e desidratações pelas elevadas horas de exposição ao Sol. Os preços dos hoteis são exorbitantes e pode facilmente prever-se aumentos de bens como água mineral ou comida.

A maioria das pessoas foge das multidões, ou pelo menos alega que sim. Mas quando vem a religião ao barulho os números ultrapassam todas as expectativas (incluo os grandes jogos de futebol no rol dos fenómenos religiosos; afinal, há muitos adeptos por aí para quem o futebol é a sua religião). Será que os católicos não acharão melhor ficar em suas casas, em retiro espiritual, em comunhão, em oração, no que seja, em vez de apanharem um comboio ou avião para Roma para um funeral onde se esperam milhões de pessoas? Será que o seu próprio Deus não preferiria que as pessoas procurassem, em vez de se deslocar a Roma, cuidar daqueles que estão perto de si, praticando caridade, ajudando os necessitados, cuidando de familiares e amigos, em vez de se deslocarem a um evento que vai roçar os limites da histeria, se não os ultrapassar em muito?

Como disseram hoje no Jornal da Tarde, é preciso ser crente para compreender este tipo de fenómenos. Deve ser mesmo. Eu não compreendo.

Nova batalha contra a burocracia francesa

Hoje fui tentar rescindir o meu contrato de arrendamento. O objectivo era sair do apartamento no fim de Maio (3 meses antes do termo). Só que... não dá. O contrato é de um ano, não tem cláusula de rescisão antecipada (não é um típico contrato de arrendamento).

Então pronto, quando cá voltar no Verão, entrego o aviso a dizer que não quero renovar o contrato e fico com a casa até fim de Agosto. O que não dá lá muito jeito (acima de tudo porque a renda é de 450 euros por mês).

E depois é só esperar pela devolução da caução. Que será enviada após cerca de 2 meses (!!!) por cheque. Ou seja, tenho de cá voltar, p'raí em Dezembro, para ir depositar o cheque, levantar o dinheiro todo da conta do banco e fechar a conta! Brrrr... eu detesto a burocracia francesa!

Alguém quer passar férias de Verão na Alsácia? Tenho um estúdio muito porreiro, disponível até 31 de Agosto ;)

segunda-feira, abril 04, 2005

Ó faxavor! Eu quero ir de férias

O "Ó faxavor", pelo menos nos moldes em que existe, vai acabar.

Para já, vou parar uma semanita ou duas para aproveitar o regresso a casa e umas férias. Depois sou capaz de o continuar, com um novo visual, novo título, e novo tema. Logo se vê...

Zoom 12x

A máquina tem um zoom que nunca mais acaba!
Só para que tenham uma ideia, isto é o Parlamento Europeu, como se vê da minha varanda, sem zoom.


O rectângulo branco assinala o sítio onde está o Parlamento.

E isto é o mesmo Parlamento, fotografado do mesmo sítio, com o Zoom no máximo.


A fotografia foi tirada à mão, com o estabilizador de imagem ligado. A lente é equivalente a uma lente telescópica de 35-420mm. E ainda tem zoom digital de 4x, se acharem que isto não chega (embora os zooms digitais percam sempre resolução e qualidade de imagem).

As fotografias foram reduzidas a bem da largura de banda. Se alguém quiser as fotos no tamanho original, peça por mail e eu mando.

Eu adoro o Gmail

Eu adoro o Gmail. Como se não bastasse ter uma interface muito interessante, tinha 1 Gb de espaço para mail, mas eles acharam que era pouco. Então resolveram aumentar o espaço para 2Gb!!! E continua a aumentar. Não sei com quanto espaço é que vamos ficar, mas sei que tou a adorar!

domingo, abril 03, 2005

Última oportunidade para postais

Falta-me uma semana aqui. Quem quiser postais que se acuse ou que se cale para sempre. Tenho selos q.b. :)
Mandem-me a morada por mail

sábado, abril 02, 2005

O Sporting e o Boavista

6-1 em Alvalade (corrijam-me se me enganei) e 4-0 no Bessa! Mas será que o Sporting só consegue vitórias folgadas contra o Boavista? Dito de outra forma, será que o Boavista é fisicamente incapaz de resistir minimamente ao Sporting?

Guia prático para fazer um doutoramento fora - Parte IV

Quem não leu e estiver interessado, poderá encontrar as partes I, II e III nos arquivos de Outubro e Novembro de 2004.

Saber quando desistir

Quando um gajo resolve ir para fora há muitas coisas a considerar. O tempo que se está longe da família e amigos, o custo de vida, os concursos para bolsas da FCT, e o quanto se gosta, ou gostará, de fazer investigação.

E eu cheguei à conclusão que está na hora de repensar a minha vida. Volto para Lisboa dia 9, e fico por lá. Para já, durante a Primavera. Volto a Estrasburgo para apresentar o trabalho no fim do ano lectivo, em finais de Maio, inícios de Junho. Depois, arrumo as tralhas e volto definitivamente para Lisboa.

As razões são muitas e quem me conhecer pode facilmente adivinhar parte delas. Quem não souber, pode sempre perguntar. Basicamente gosto de matemática mas não o suficiente para ficar 4 anos no estrangeiro num país que não é o meu, sem as conversas de café, sem as pessoas que conheço em Lisboa, para investir numa carreira que está cada vez mais difícil. Isto de vir estudar para fora tem muita piada mas depois ser colocado como professor adjunto no politécnico de Vila Real nem tanto. E basta olhar para os números dos departamentos de matemática dos grandes centros urbanos e para a tendência de evolução do número de alunos do ensino superior para perceber que os concursos vão escassear. E também não é difícil chegar à conclusão que os concursos são cozinhados à medida, em muitos casos. Basta olhar para os requisitos dos poucos concursos que ainda vão abrindo.

Por isso, vou voltar. Até sábado!

Nova sondagem

Nova sondagem na barra do lado direito.

Para a história, a sondagem anterior:
Lambes a tampa dos yogurtes?
Sim: 8 votos
Não: 3 votos
Às vezes: 2 votos
Não como yogurtes: 1 voto

Já chegou a minha máquina fotográfica!

Resolvi comprar uma máquina fotográfica nova. A minha velhinha HP com 2 megapixel não era lá grande coisa. Para quem estiver interessado, é uma Konica Minolta Z5 e aqui têm uma fotografia dela (bem, não exactamente dela, mas de uma igual)



Gostam? É gira, não é? :D Agora vou experimentá-la e ler o manual de instruções

Reza-se pelo Papa

Por todo o mundo milhões de fiéis rezam pelo Papa. Para quê? O homem tem 84 anos, já foi alvejado, teve cancro, tem Parkinson, sofreu uma traqueotomia e é alimentado por uma sonda naso-gástrica. Querem mesmo que Deus vos faça a vontade e lhe dê mais anos de vida? Imaginem lá a ironia que seria o Papa continuar vivo mas ficar vegetativo (e sem ser em coma). Teria a igreja a honestidade de defender para João Paulo II o mesmo que defendeu para a Terri Schiavo? Ou iriam retirar-lhe o suporte de vida para impedir que a igreja ficasse refém de um homem inconsciente que até à sua morte continuará a deter a autoridade? A sério, não rezem pelo Papa, deixem-no morrer descansado.

E também não vale a pena dizer que estão a rezar pela alma dele para ele ir para o céu. Ele é o PAPA! Se ele não for para o céu, quem é que vai? Não se esqueçam que o Papa é infalível. O que ele disser na Terra, Deus concretiza no céu. Por isso, se ele se lembrar de dizer "Eu vou para o Céu", vai mesmo. E se Deus não gostar, azar! Aaaaaaah, como eu aprecio os dogmas e preceitos da religião católica!

Mitos sobre a Alemanha e os alemães

Hoje fui a Estugarda. O meu irmão e a minha prima foram apanhar o avião de volta para Lisboa (porquê Estugarda? Porque a Germanwings voa de Lisboa para Estugarda e custa metade do preço. Afinal, não sou rico. Esclarecidos?). Então, aluguei um carro e fiz-me à estrada (porquê alugar um carro? Porque os comboios são caros, os horários não dão jeito e sou rico :P). São 150 km para cada lado e a viagem serviu para esclarecer alguns mitos.

Mitos sobre a Alemanha e os alemães:
  • As auto-estradas na Alemanha não têm limite de velocidade
  • As auto-estradas na Alemanha são de muito boa qualidade
  • A manutenção das auto-estradas na Alemanha é excelente e o piso está em óptimas condições
  • Os alemães respeitam os limites de velocidade
  • Os alemães sinalizam as suas manobras, fazendo o pisca para mudar de faixa
  • Os alemães só mudam de faixa quando têm espaço suficiente para o fazer
  • Os alemães guardam as distâncias de segurança
  • Na alemanha circula-se na faixa da direita, usando as outras faixas apenas para ultrapassar
  • Na Alemanha a maioria dos carros são BMW, Audi, Mercedes e Volkswagen


De todas estas frases apenas a última é verdadeira! E mesmo assim, a percentagem de carros alemães é inferior ao que eu esperava. E os carros nem são assim tão bons, nem tão novos. A diferença está mesmo na gama, a maioria dos carros é de gama média/alta. De resto, a auto-estrada de Estugarda para Karlsruhe tem um traçado que faz lembrar o IP4 mas com piso pior. Há pelo menos 5 ou 6 descidas de 6% de inclinação ou mais e o piso está cheio de remendos. As piores auto-estradas portuguesas estão ao nível das piores auto-estradas alemãs e as melhores portuguesas ao nível das melhores alemãs. E mesmo a sinalização, sendo boa, não é nada de extraordinário. Basicamente aqueles 60 ou 70 km pareciam uma mistura entre o traçado do IP4 e o piso da A1 entre Santarém e Aveiras com obras e tudo.

Depois temos o famoso mito dos limites de velocidade. De facto, há auto-estradas sem limite de velocidade. Mas não são todas, nem sequer são a maioria. São só alguns troços. De resto, o limite de velocidade é, tal como na França quando faz sol, 130 km/h (na França o limite é de 110 km/h quando o piso está molhado). Além disso, eu que tentei respeitar os limites, andava a 130 km/h e estava a ser ultrapassado por todos os ligeiros que seguiam a 140, 150 ou mais ainda, mudavam de faixa em cima dos outros carros e sem pisca, seguiam colados uns aos outros e nunca encostavam à direita, mesmo quando haviam 500 m antes do próximo camião ou veículo mais lento.

Não era um comportamento universal, havia condutores que circulavam com mais respeito pelas regras. Mas a percentagem de condutores a conduzir "à portuguesa" era mais ou menos a mesma que se vê na A1.

A única grande diferença de comportamentos que notei foi a ausência de sinais de luzes quando alguém muda de faixa "à bruta" e a simpatia de encostar à esquerda quando um carro está na via de aceleração. Facilita-se a vida aos outros. Mas fora isso, senti-me perfeitamente em casa!

Já perto do fim da viagem resolvi parar na área de serviço para ir à casa de banho e descansar um bocadinho. E eis mais alguns mitos que foram por água abaixo:
  • Nas áreas de serviço na Alemanha não há lixo no chão
  • Os alemães lavam as mãos depois de mijar


O lixo na área de serviço (beatas de cigarro, maços de tabaco vazios, papéis vários) era o mesmo que se encontra em qualquer área de serviço em Portugal. E em relação ao bom hábito de lavar as mãozinhas depois de as meter em sítios "mais privados", enquanto eu lavava e secava as mãos saíram da casa de banho um grupo de 6 miudos e 2 adultos. Apenas um dos adultos lavou as mãos. Os outros devem ter pensado que não valia a pena a chatice.

Moral da história? Nem os alemães são assim tão bons nem nós assim tão maus. Os alemães acham que vivem no melhor país da Europa (se é alemão, é bom); os franceses acham que vivem no melhor país do mundo (se não for francês, é mau, a não ser que seja alemão); e os portugueses acham que vivem no pior país do mundo (se for importado é bom, a menos que seja espanhol). A grande semelhança entre estes três povos é que estão todos errados.

sexta-feira, abril 01, 2005

Uma conspiração global?

Há uns anos (quando é que foi mesmo?) morreram, mais ou menos na mesma altura a Madre Teresa de Calcutá e a princesa Diana. Agora estão em estado grave de saúde e espera-se a morte, mais ou menos na mesma altura, do papa João Paulo II e do príncipe Rainier do Mónaco.

Isto não vos parece um pouco estranho? Morre uma pessoa religiosa importante e mediática e quase ao mesmo tempo uma pessoa mediática e não tão religiosa quanto isso... eu desconfio que isto é uma manobra da CIA para distrair o pessoal. Assim que morreu a princesa Diana já não se falou mais da Madre Teresa. Será que daqui a um mês só se vai falar da morte do príncipe Rainier e já ninguem se lembra da morte do papa? Ou vai ser ao contrário?

Já agora, houve alguém mediático q.b. e importante em Portugal que tenha morrido na mesma altura da irmã Lúcia? Se sim, então está provado que estamos perante uma mega-conspiração a nível global com ramificações em Calcutá, Paris, Mónaco, Roma e Coimbra, pelo menos!!! Eu acho que isto é deveras preocupante. Perdemos importantes líderes religiosos (ainda por cima, com a morte do Arafat, já só falta o Ayatollah e o Dalai-lama) e grandes líderes sociais! E para 80% das pessoas as figuras de relevo são ou da igreja ou da alta-roda da sociedade. Iremos ficar sem líderes no mundo? Teremos de prestar vassalagem ao George W. Bush? Ou pior ainda, vai ser a Ágata a nova líder da sociedade do séc. XXI???

A resposta a estas e a outras perguntas, esta semana, no sítio do costume.

PS: sim, eu sei que o Arafat não era propriamente um líder religioso. Contudo, há muita gente que discorda.

O papa

Parece que está quase. A saúde está cada vez pior e os 84 anos não dão grandes esperanças de recuperações fantásticas. Quem acreditar, pode sempre esperar um milagre.

Seja-se católico ou não, penso que todos estaremos de acordo ao dizer que este papa foi um dos homens que mais fez pela paz no mundo. Decerto nem sempre defendendo as posições mais desejadas por muitos católicos não praticantes ou não crentes (nomeadamente em planeamento familiar), mas não me esqueço de uma missa do galo celebrada em Belém em plena entifada.

E nas suas inúmeras viagens "de estado" já deve ter feito mais quilómetros que todas as missões Apolo juntas! E visitou quase todos os países tabu! Quem imaginaria o papa a visitar o Fidel Castro (terão fumado charutos?) ou o Yasser Arafat? (pode ser que se encontrem agora; não sei se o João Paulo II irá para o mesmo sítio que o Arafat, mas duvido)

Que descanse em paz.