O ritual do café

\begin{preamble}

Antes de mais, queria fazer uma alteração ao post de ontem: afinal o Gutenberg não era de cá. Mas viveu cá uns anos. Assim como o Pacheco Pereira. Só que o Gutenberg não ia a Portugal passar os fins de semana e o Pacheco Pereira não inventou a imprensa. Podemos dizer que o Gutenberg foi o precessor do Deputado Europeu, essa figura ímpar da nossa cultura europeia. E a propósito, da minha varanda consigo ver o Parlamento Europeu. Alguém sabe qual é a janela do gabinete do Miguel Portas? Ou será que por ser do BE lhe deram um gabinete na cave? (a Alsácia é assim a modos que de direita... não muito... o suficiente para o partido do Le Pen ser o mais votado)

Pronto, o pior já passou. É a primeira retractação do meu blog, (snif, snif!)

\end{preamble}^1
1Piada croma de LaTeX. Quem não conhecer ignore. E LaTeX não é o material com que se fazem preservativos. Lê-se "Lahtech" ou "laytech" e é um sistema de ... espera lá! se não sabem o que é o LaTeX tou a tentar explicar para quê? Fiquem na ignorância ou procurem no Google. :P<sup>2

2</sup>:P é um "smiley". simboliza alguém a deitar a língua de fora. Mais uma vez, se não sabem o que quer dizer, procurem. Se estiverem mesmo curiosos, vão aqui para saberem como o smiley foi inventado, em 1982!




Uma coisa que me faz falta por cá é o ritual do café. Não que a malta aqui não vá ao café. O café é que é uma merda! O que me vale é que tenho máquina de café expresso em casa e pelo menos de manhã consigo beber uma bica em condições antes de me atrever a enfrentar o mundo. Mas faz-me falta aquela rotina de chegar ao técnico logo de manhãzinha, aí pelas 10 ou 11 horas, sentar-me na minha secretária, começar a ler o mail e sem sequer ter tempo de começar a trabalhar alguém (tipicamente o Bernardo) aparecer à porta a perguntar: "Alguém quer tomar café?".

O ritual do café não diz respeito apenas à bebida. Aliás, se não houvesse café eu havia de ir ao café na mesma. O ritual do café diz respeito à conversa de café, às piadas sobre política ou futebol, ao gozo com os sportinguistas que iam entrando sempre que o Sporting perde um jogo (o que, a bem da animação da malta, acontece muitas vezes), e ainda por cima, saboreando um bom café!

Aqui não encontro disso. Não é que os franceses não vão ao café mas, para começar, vão menos vezes que nós; depois o café é tramposo (paravra recém inventada para evitar dizer merda duas vezes no mesmo post. Olha, f#$%-se! Já disse) e para complicar, não percebo as piadas em francês (tirando aquela sobre Calais do post de ontem), os trocadilhos não funcionam, não acompanho a política francesa, nem o futebol francês, nem o "Ídolos" francês, nem a "Quinta das Celebridades" francesa (não sei se existe, mas não me admirava) e por isso o ritual do café perde-se. Dou por mim a falar de... imaginem só... matemática! Blagh!³

O ritual do café é um marco da nossa cultura. É parte daquilo que nos identifica como portugueses. E é daquelas pequenas coisas que nos fazem falta todos os dias quando estamos fora.

Enfim, já tou farto de conversa séria!
³Estas expressões chamam-se onomatopeias. É o que se chama uma figura de estilo. Vocês são um bocado ignorantes, não? ;) (<-- isto é um smiley²)



Cenas dos próximos episódios:

• O tupperware, esse desconhecido


• Conselhos práticos para fazer um doutoramento no estrangeiro, parte II - a instalação


• Receita de Bacalhau à Brás


• Toques de telemóvel (todos os sites têm toques de telemóvel. Eu também quero!)

Trivia da semana:
Quem cantava a versão portuguesa da música da Abelha Maia?
(link removido em 31/10)

Sugestão musical da semana:
Recomendo a versão dos Cake do famosíssimo tema da Gloria Gaynor, "I Will Survive".
Não ponho aqui um link por questões óbvias de copyright, mas acredito que se procurarem decerto a encontrarão. Lembro no entanto que andar a sacar músicas da net é ilegal. Por isso, se o fizerem, não se gabem muito, nomeadamente a agentes da autoridade.


Factos inúteis do dia:

• O artigo do dia da Wikipedia é "Portuguese"


• O Turquemenistão faz hoje 13 anos. Parabéns!