quarta-feira, fevereiro 09, 2005

Disciplina na universidade

Sempre que há um processo disciplinar na Universidade tem de ser afixado um edital com os factos do processo, os principais argumentos de cada parte e a justificação da sentença. E de vez em quando lá vejo o resultado de mais um processo disciplinar, afixado numa vitrine do Dep. Matemática.

Invariavelmente, são referentes ao Mr. X ou à Mlle. X. Das duas uma: ou são irmãos e muito indisciplinados, ou então estão a ocultar a identidade dos intervenientes.

A maior parte dos processos disciplinares dizem respeito a uma coisa que é frequente um pouco por todo o lado: malta com cábulas nos exames. E lá está a argumentação toda a dizer que foi dado como provado que Mr. X tinha notas pessoais quando fez o exame, sendo que a presença de notas pessoais na sala de exame era interdita, etc.
Ok, nada de novo, penso eu. Talvez um pouco mais burocrático. Em Portugal, um gajo é apanhado a copiar, anula-se o exame e pronto. Nada de processos disciplinares. Aqui não, é necessário um processo disciplinar de cada vez que alguém é apanhado a cabular. Concluo que ou os alunos cabulam pouco, ou os profs são pouco eficientes a apanhar cábulas.

Mas o que é surpreendente são as sentenças! Por ser apanhada a copiar uma tal Mlle. X foi condenada a ... 2 anos de suspensão! Suspensão com efeitos imediatos, sem prejuizo do direito de recurso! Imaginem se no IST de cada vez que alguém era apanhado a copiar o expulsássemos por 2 anos! Ficávamos sem alunos na 2ª época de exames do primeiro semestre!!!

1 Comentários:

Às 5:12 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Não é exclusivo francês.
Uma universidade Sueca decidiu unilateralmente quebrar todos os protocolos que tinha com a Universidade do Porto depois de um Erasmus português ter sido apanhado a copiar...

 

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