Disciplina na universidade
Sempre que há um processo disciplinar na Universidade tem de ser afixado um edital com os factos do processo, os principais argumentos de cada parte e a justificação da sentença. E de vez em quando lá vejo o resultado de mais um processo disciplinar, afixado numa vitrine do Dep. Matemática.
Invariavelmente, são referentes ao Mr. X ou à Mlle. X. Das duas uma: ou são irmãos e muito indisciplinados, ou então estão a ocultar a identidade dos intervenientes.
A maior parte dos processos disciplinares dizem respeito a uma coisa que é frequente um pouco por todo o lado: malta com cábulas nos exames. E lá está a argumentação toda a dizer que foi dado como provado que Mr. X tinha notas pessoais quando fez o exame, sendo que a presença de notas pessoais na sala de exame era interdita, etc.
Ok, nada de novo, penso eu. Talvez um pouco mais burocrático. Em Portugal, um gajo é apanhado a copiar, anula-se o exame e pronto. Nada de processos disciplinares. Aqui não, é necessário um processo disciplinar de cada vez que alguém é apanhado a cabular. Concluo que ou os alunos cabulam pouco, ou os profs são pouco eficientes a apanhar cábulas.
Mas o que é surpreendente são as sentenças! Por ser apanhada a copiar uma tal Mlle. X foi condenada a ... 2 anos de suspensão! Suspensão com efeitos imediatos, sem prejuizo do direito de recurso! Imaginem se no IST de cada vez que alguém era apanhado a copiar o expulsássemos por 2 anos! Ficávamos sem alunos na 2ª época de exames do primeiro semestre!!!
1 Comentários:
Não é exclusivo francês.
Uma universidade Sueca decidiu unilateralmente quebrar todos os protocolos que tinha com a Universidade do Porto depois de um Erasmus português ter sido apanhado a copiar...
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