Há 15 anos
caiu o muro.
Há 15 anos o povo alemão disse que os alemães são todos iguais. Que não há alemães da esquerda e da direita (num sentido puramente geográfico e não político do termo, bem entendido).
Há 15 anos caía um dos símbolos da separação da Europa. A cortina de ferro abria-se, o comunismo desaparecia, pelo menos como o tínhamos conhecido até então, e a guerra fria aproximava-se do fim.
Desde 1989 aconteceu muita coisa nesta Europa. A União Europeia apareceu, apareceu a moeda única, o acordo de Schengen permite livre circulação numa Europa que há 60 anos estava a sair de uma guerra e que há 15 anos se separava em 2 blocos antagónicos.
Por outro lado, nestes 15 anos a União Soviética e quase todo o bloco de leste mergulharam na crise económica, as mafias russas cresceram, tivemos duas guerras na ex-Jugoslávia, uma guerra na Tchetchenia, demasiados atentados terroristas um pouco por todo o lado.
E por esse mundo fora desapareceram alguns muros e apareceram muros novos. Que este dia lembre que a queda do muro de Berlin não é um fim em si mesmo, mas apenas o primeiro passo na destruição dos muros que ainda dividem a humanidade. Que nos dividem em brancos e pretos, em cristãos, muçulmanos e judeus, ricos e pobres, homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais, pró e contra o aborto, de esquerda e de direita.
O povo alemão deu o mote. Agora é a nossa vez de, um por um, derrubarmos os muros à nossa volta.
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